CINCO DIAS NA FLÓRIDA CENTRAL – SEGUNDO DIA!

Este post faz parte de uma série de cinco dias na Flórida, vividos e relatados aqui por nossa colaboradora Victória Bernardes. Para ver o post anterior, clique aqui!

Comecei o segundo dia na Flórida com um café da manhã reforçado regado a muffins, frutas e pé na estrada! Segui para o Safari Wilderness, uma propriedade de 260 acres que preserva animais e muita vegetação. 

A área fica na cidade de Lakeland e detém muitos exemplares de diversos animais selvagens da Ásia, África e América do Sul. O espaço foi aberto ao público em 2012 e em 2015 foi nomeado um dos “10 Melhores Safaris nos EUA”. O local funciona das 9h às 13h e é necessário agendar o passeio.

Os carros ficam no estacionamento enquanto os visitantes seguem por uma trilha de madeira até um galpão no meio de uma área muito verde. Lá tem um espaço para lanches e, claro, uma lojinha de lembranças do local.

 

E, como já diz o nome, no Safari Wilderness podemos conhecer de perto muitas espécies durante um passeio em um Ford F550. Nossa guia foi a JJ (jay-jay), muito atenciosa e preocupada com a segurança de todos dentro do caminhão. A regra era clara: “motor ligado, traseiros nos assentos”! 

 

Na primeira parada, já recebemos visitas dos curiosos avestruzes atrás de snacks, os lanchinhos que JJ trouxe em baldes. Os animais são perigosos, por isso que à medida em que se aproximavam, tínhamos que colocar os braços para dentro e apenas a guia era autorizada a alimentá-los. Curiosidade: as fêmeas têm sempre penugem cinza e os machos, preta.

Logo chegaram as lhamas, famosas cuspidoras. JJ explicou a importância de tê-las pela propriedade, pois são muito cuidadosas com filhotes e sempre tomam conta daqueles perdidos ou rejeitados. 

Ainda no início do passeio era possível visualizar uma ilha com um viveiro de lêmures. Eles estavam afastados pois não gostam de ser incomodados por outros animais. 

Os lêmures são tão primatas quanto nós, humanos! Todas a espécies são provenientes da ilha de Madagascar, no continente africano, inclusive os encontrados em Safari Wilderness: cauda-anelada e colarinho-marrom.

Não se sabe ao certo como os animais chegaram ao Safari Wilderness, mas foi graças ao apaixonado por vida selvagem Lex Salisbury. Com mais de 35 anos de experiência com zoológicos na Inglaterra, na Austrália e nos Estados Unidos, Salisbury decidiu abrir a reserva depois de se frustrar com o sistema e espaços limitados de seus antigos trabalhos. 

O passeio dura normalmente 3h. Confira a seguir as fotos da vida selvagem que se pode encontrar por lá!

Fotos: Victória Bernardes

Antílopes

Búfalos D’Água – alimentamos essas fêmeas simpaticíssimas que comem os snacks e vão embora!

Existem dois rebanhos de zebras na propriedade, e uma curiosidade importante é que praticamente todas estavam “grávidas” e já havia um “berçário” com recém-nascidas!

Mini-gado com boizinhos e vaquinhas em tamanho de bolso!

Os Watusis africanos são de uma espécie de rebanho, como as dos bois e das vacas, que é muito popular nos Estados Unidos

Javalis selvagens

 

De volta à propriedade, é possível alimentar outros lêmures que vivem por ali. E também pude encontrar algumas figurinhas interessantes, como porquinhos-da-índia, tartaruga e um coelho. É realmente um passeio cheio de fofuras!

 

 

Alimentar os lêmures é uma atividade extra, que pode ser paga a parte. Foto: Visit Central Florida.

 

E a aventura não parou por aqui. Também é possível fazer o Safari Wilderness em cima de camelos e dromedários! Não o fiz, mas consegui alimentá-los e me encantar com o tamanho dos bichos.

A outra opção de safari é fazer todo o trajeto de camelo. Foto: Visit Central Florida.

 

Em momento oportuno, chegou o nosso almoço! Uma caixinha da rede Jimmy John’s com lanche de peito de peru, um cookies enorme e batatinhas chips acompanhadas por água ou refrigerante. Bem ao estilo americano: calórico!

Preparados para a segunda parte do passeio? Pois eu estava muito! Assim que deixamos o Safari Wilderness, o destino foi o Westgate River Ranch Resort & Rodeo, em Haines City, uma hora e meia do Aeroporto Internacional de Orlando. Trata-se de uma estadia temática que preserva a memória dos primeiros caubóis dos Estados Unidos, inclusive com características dos nativos americanos. Você já vai entender!

Entrada da propriedade. Foto: Visit Central Florida.

 

A estadia do Westgate River Ranch é muito peculiar, um verdadeiro acampamento, mas com tendas de outro nível! Bem equipadas, são preparadas para o conforto: possuem ar condicionado e muitas vezes até frigobar e microondas. Estão localizadas em clareiras, onde podem ser feitos churrascos, fogueiras ou apenas reuniões ao ar livre. São três modalidades de estadia, a primeira é mais simples e o banheiro é comum. É possível contratar serviço de refeições.

Poucos sabem que a Flórida foi o berço dos primeiros caubóis norte-americanos: os Índios Seminole, os colonizadores espanhóis e os colonos estadunidenses já eram conhecidos como “Crackers” que agrupavam rebanhos no Estado. Clique em cada foto para ver as cabanas.

E para deixar tudo mais real, de acordo com Lori King, gerente de vendas do Westgate River Ranch, são contratados descendentes de nativos americanos para a construção de algumas tendas. Como é o caso das Takoda Village, um espaço super-luxo onde as cabanas tem o design das vivendas dos índios. E, cá entre nós, é muito legal!

Clique nas fotos abaixo:

A outra modalidade já nos remete aos chalés que temos em alguns resorts no Brasil, cabanas de madeira e equipadas ao mesmo nível.

Clique nas fotos abaixo:

Fotos: Visit Central Florida.

 

Por enquanto, a maioria dos hóspedes são americanos do sul da Flórida e ficam até dois dias na região, mas Westgate River Ranch é a acomodação obrigatória para os apaixonados de bang-bang de todo o mundo.

Agora é hora de falar sobre as atividades! Para passarem o tempo durante a estadia, o pessoal pode assistir um rodeio, brincar de tiro-ao alvo (com espingardas reais!), montar touro mecânico, passear a cavalo, saltar de tirolesa e, entre outras atividades, navegar de aerobarco pelo famoso Lago Kissimmee – essa experiência radical eu conto a seguir!

Clique nas fotos abaixo:

Fotos: Visit Central Florida.

Os aerobarcos são muito utilizados nos lagos e pântanos exatamente nos Estados Unidos. Montados sobre uma estrutura plana com um grande ventilador na popa fora da água, é manobrado por uma alavanca que movimenta os lemes e o impulsiona. Por serem muito barulhentos, é necessário utilizar fones de ouvido durante o passeio.

Assim que o barco sai da marina, dá um friozinho na barriga! Mas logo depois fica tudo bem, você se esquece do barulho e começa a relaxar com o vento no rosto e a alta velocidade. O vento pode se tonar bem frio, mesmo sob o sol. Por isso é importante levar um casaco fino para aproveitar melhor a atividade. Confira, a seguir, o vídeo em primeira pessoa!

Fotos: Visit Central Florida e Victória Bernardes

Como sempre vemos naqueles seriados americanos, eu tinha a expectativa de pessoalmente encontrar os moradores típicos dos lagos da Flórida: os jacarés! Durante o passeio de aerobarco, o que mais desejamos ver é pelo menos um desses que são considerados mascotes do Estado. Infelizmente, na ocasião eu não consegui ver nenhum, pois o clima estava muito quente e eles preferem temperaturas mais amenas ou frias. Ficam escondidos e eu vou tentar na próxima.

Por volta das 19h, o sol ainda dava as caras e já estava pronta para jantar. Dentro do Westgate River Ranch tem o restaurante principal, o Smokehouse Grill, com opções de carnes, peixes, saladas e muito mais, não deixando a desejar para nenhum tipo de público.

 

Fotos: TripAdvisor e Oyster.

Como você já deve ter reparado, estes passeios os mostram uma parte da Flórida que dificilmente quem não é morador vai conhecer. 

Mas, principalmente para viajantes que provavelmente já conhecem o frio na barriga de montanhas-russas e guloseimas de candystores famosas, conhecer culturas nada populares, experimentar pratos típicos que contam histórias e respirar ares que ficarão para sempre gravados na memória pode ser o segredo de manter acesa a chama do desejo pelas descobertas!

E esta é a importância de pesquisar destinos alternativos, mas isso não significa deixar totalmente de lado os parques temáticos renomados, como vocês descobrirão no próximo dia.

 

 

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