SKI NA ITÁLIA, COM TURIM E MILÃO

Eu e meu marido, e também vários amigos, temos o costume, e muita vontade de esquiar todo ano, na temporada de inverno no Hemisfério Norte. É ótimo, mas uma viagem meio longa, de no mínimo 12 horas de voo, mais o antes e o depois nos aeroportos e transfers,. Também temos que considerar sempre 1 dia inteiro de casa até chegar ao desejado banho no hotel.

Assim, sempre procuramos esquiar em algum novo local e fazer turismo para mergulhar na cultura local. Nos resorts de SKI não tem, assim, muita cultura local. São meio um parque temático para esportes de inverno. 

Uma exceção importante que faço é St. Anton am Arlberg, na Áustria, que fica na cidade de mesmo nome, a qual remonta ao século XII. O turismo ali começou no século XIX, mas sua notoriedade foi adquirida com o início de escolas de ski, em 1901. Então, é muito interessante, porque existe muito patrimônio cultural interessante na cidade e no entorno. E para chegar lá você pode passar por Vienna, Salzburg e Innsbruck. Os restaurantes tem 100 ou 200 anos e as igrejas encantadoras. Daí que gostei muito!

 

St. Anton am Arlberg. Fotos: www.stantonamarlberg.com

No ano de 2018, relatei em posts anteriores, que fizemos o Club Med de Valmorel, na França, com pré-tour de 2 dias em Genéve e pós tour de 5 dias em Roma

Mas Roma é mais quentinho e nossa “preocupação” para escolher o pré e o pós ski era que todas as cidades do Norte da Itália são bem frias. Selecionamos para o ano de 2019 passar uma semana em Pragellato, no Club Med, que fica na região de Torino, mais especificamente a 1h30 de van dessa cidade.

Em plenos alpes italianos, na região de Piemonte, as estâncias de Pragelato e Via Lattea são a segunda maior área esquiável da Europa e estão abertas até o dia 14 de abril. 

E ainda podem proporcionar uma verdadeira lição de História, em Turim e Milão.

E foi impossível não programar Milão. Que eu adoro e não visitava há muitos anos. Em seguida 2 dias em Turim, que não conhecia, e um pós tour de uma semana em Veneza. Total de 20 dias de viagem, com todos os deslocamentos em trem e a volta ao Brasil com a mesma Alitália, mas saindo direto de Veneza, com conexão em Roma.

Daí ficou fácil, voo combinando o menor preço com o menor número de horas e conexões, de São Paulo para Milão. De Veneza para São Paulo. Deu Alitália e foi um preço ótimo e tudo bem agradável. 

Minha preparação intelectual para essa viagem

A conexão foi rapidinha em Roma e voilá, Milão. Nossa chegada foi às 10h30 da manhã, no hotel Las Hemeras Boutique. Nesse momento decepção total: o endereço era da Central de Reservas e de lá, após fazer um tipo de check-in, teríamos que ir a pé ao nosso hotel. Exaustos, dá aquele mau humor. E além disso, só as 14h00. Ou seja, fazer uma peregrinação de um lugar para o outro.

Acomodações do Las Hemeras Boutique publicadas no Booking.com e TripAdvisor. As acomodações das fotos no site eram muito diferentes das nossas!

Decidimos passear sem nos preocuparmos com o frio ou o banho. Garoava e tudo fica mais cinzinha. Almoçamos em um restaurante meio turístico, correto, mas sem nenhum charme ou diferencial das nossas mais básicas cantinas no Brasil. E finalmente entramos no hotel às 17h00. O hotel, daquelas modernizações de edifícios antigos, é bem ruinzinho. Uma apartamento com quarto e sala bem improvisados, meio limpo mas, meio sujo e com um boiler (para aquecer a água do banho) insuficiente para 3 pessoas. Era possível um banho e meio, no máximo. Lavar o cabelo, duas mulheres, impossível!

Isto, considerando que o apartamento deveria ser para quatro hóspedes. Bom, de positivo o terraço era bem agradável. Sem mais comentários, não recomendo para ninguém.

No primeiro dia, com o cansaço é tudo meio sem cor e sem emoção. Mas à noite já estivemos em um restaurante ótimo, que podemos considerar um dos melhores em que já estivemos na Itália. Viajamos em 6 pessoas, 2 casais de mais de 50 anos, e mais 2 jovens na faixa dos 30.

Jantamos no restaurante XXXXX , ao qual chegamos a pé, em uma caminhada de 15 minutos, após um Aperol Spritz para abrir o apetite, na Galleria Vittorio Emanuele. Noite ótima, mas após o jantar a chuvinha e o cansaço nos fizeram pedir um táxi. Nada de aplicativo, procedimento tradicional e o gerente do restaurante nos conseguiu 2 veículos.

Bom, nosso amigo Paulo Junqueira, o pai, disse que, como acorda muito cedo, gostaria de começar o programa do dia seguinte às 9h00. E pontualmente lá estávamos todos, tomando cappuccinos com croissants ao lado do hotel. Delícia. Ainda um diazinho cinza, bem típico de Milão, e bastante frio, mas que foi melhorando durante o dia. Aproveitamos muito todos os locais emblemáticos de Milão.

Ângulos da Galeria Vittorio Emanuele. Fotos: Leandro Neumann Ciuffo e Tudo Sobre Milão.

 

Duomo di Milano, ou Catedral de Milão. Fotos: Kevin Lavorgna e Naval S.

Caslello Sforzesco. Fotos: Chris Yunker, Filip Maljkovic e Nick Grosoli.

A ùltima Ceia, de Leonardo da Vinci, em Santa Maria delle Grazie . Foto: Milanoguida

Teatro alla Scala. Foto: Ana & Michal

 

Pinacoteca de Brera. Fotos: François Phillip e Nathan Highes Hamilton

 

Parco Sempione, onde está o Arco della Pace. Fotos: Giorgio Montersino, Veselina Dzhingarova, Stefan Jurca, Kile Beales e Amanda Staler.

Basilica di San Lorenzo Maggiore e Basilica di Sant’Ambrogio. Fotos: Armando Mancini e Lino M.

Luzes de Milão, ainda com decoração de Natal, em Via Montenapoleone. Foto: Angelo Amboldi

 

Piazza del Duomo e Piazza Mercanti. Fotos: Romain Pontida e Pedrik.

Museo Poldi-Pezzoli. Foto: Alejandro

 

Aqui o nosso grupo pronto para mais um dia de viagem!

Fotos: Patricia Servilha.

 

Esquiar na neve é um esporte muito interessante, agradável, você pode fazer sozinho, em duplas ou grupos. A questão está em que tenham o mesmo nível de dificuldade para poder percorrer caminhos semelhantes. E sozinho me parece triste e perigoso. Se acontece algum problema, podem passar horas sem que alguém te veja, especialmente no final da tarde. Recomendo: sempre acompanhado!

Fomos muito bem atendidos pelo motorista contratado pela SKI Travel que nos indicou onde encontrar a van deles em uma área mais calma para conseguirmos colocar todas as nossas malas no carro. É importante sempre avisar se você vai levar seu equipamento de SKI ou não, pois isso faz diferença na capacidade de bagagem da van. 

O aeroporto de Milão é muito bem organizado e com um processo de imigração e malas relativamente rápido. Saindo da área de bagagem você vai encontrar um monte de gente com plaquinhas esperando seus passageiros para os traslados contratados. 

Nas nossas férias de Club Med de Neve, costumamos sempre chegar em alguma cidade próxima ao Club Med, com 1 ou 2 noites de antecedência para dar uma descansada do voo, e para já darmos uma ajustada com o fuso, neve, e se der, já dar uma primeira esquiadinha. 

Sestriere é a “cidade central” desta região, que tem várias pequenas cidades e montanhas de ski em volta, sendo que Pragelato é uma delas, na verdade a ultima “a esquerda” quando se olha em um mapa.

Clique nas fotos abaixo para ver as próximas.

Sestière. Fotos: Raffaele Sergi e Ed Stannard.

Situado no coração do Piemonte, num local preservado, a 1.600 metros de altitude, o novo Village de charme com chalés, representa a convivialidade italiana em uma atmosfera de Dolce Vita.

Nevou bastante, mas só na segunda noite. Foto: Patricia Servilha.

 

Vialattea. Foto: Turismo Vilattea.

No coração da 2ª maior região esquiável da Europa – a Vialattea -, essa estação tem muito prestígio, acredito que porque foi sede das provas de salto com esqui e de esqui nórdico dos Jogos Olímpicos de Inverno de Turim em 2006.

O sol brilha e as temperaturas são amenas mas, à medida que a van avança pelos Alpes, a cor dominante, a meio de março, ainda é o branco da neve. Essa era a imagem que gostaríamos de ter, mas nesse dia especifico estava tudo meio marrom. Frio na espinha, pensando que não haveria neve.

À chegada à aldeia de Pragelato, no início da tarde, o ambiente é o de qualquer estância de inverno, com uma pequena multidão de esquiadores, acabada de regressar das pistas, a reunir-se nos bares, para um copo e dois dedos de conversa sobre as aventuras do dia é o chamado après ski, como se designa este animado período do dia. No Club Med de Pragelato, que nos serviria de base nesta incursão pelos Alpes italianos, há até música ao vivo e cadeiras de praia no exterior, para apanhar os últimos raios de sol.

Com o aproximar da primavera, a temperatura varia entre 5º C e 10º C durante o dia, o que é bastante agradável, quando comparado com os 20º C negativos sentidos no pino do inverno.

Não é por isso de admirar que a reta final da temporada de esqui seja cada vez mais concorrida, em especial nesta região, conhecida por ser a zona com maior número de dias de sol de todos os Alpes. Acabados de chegar e vestidos, portanto, como habitualmente, é impossível ficar indiferente à animação que nos rodeia e aceitamos um copo de vinho quente. Mesmo antes de nos instalarmos – importante dizer que foi bem confuso e demorado – ou sequer levantar o equipamento (esquis, botas e bastões) com que, nos dias seguintes, iríamos explorar a segunda maior área esquiável da Europa cerca de 400 quilômetros, sempre com esquis nos pés, entre território italiano e francês.

Manhã bem cedo e já equipados a rigor, apanhamos o teleférico para a montanha, com a Francesca, a professora de esqui que nos acompanharia durante os dias seguintes. A primeira aula serve apenas para avaliar a experiência de cada um. O grupo reúne elementos de diversas nacionalidades (de israelitas a brasileiros) e, apesar de quase todos serem estreantes, cedo se percebe que existem diferentes níveis de aptidão entre os presentes.

Ao fim do dia, o grupo seria dividido em dois: uns ainda terão de aprender o básico, enquanto outros seguem com Yme para continuar a formação em pistas mais avançadas. “Em dois dias, vou conseguir que vocês consigam esquiar como deve ser”, promete a professora que, no verão, trabalha também como certificador de instrutores de mergulho mas noutras paragens, claro.

Da esquerda para a direita, Vanessa, Gabriela, eu, nossa maravilhosa maestra Francesca e a Xënia, super animadas na última noite! Foto: Xênia Portella

 

Club Med Pragelato. Fotos: Assessoria de imprensa Club Med.

O Club Med Pragelato se compõe de um centro, de 20 conjuntos de chalés e de acomodações de alto padrão especiais para famílias.
A decoração assinada por Rémy Camoin, é uma verdadeira reinterpretação moderna do ambiente elegante e acolhedor dos chalés tradicionais.

Uma estada ideal para as famílias, com monitoramento infantil de 2 anos até a adolescência, para que os pais possam desfrutar da arte de viver à italiana. Para os prazeres da neve, o acesso ao teleférico situado aos pés do ski room, o leva em apenas 4 minutos ao centro das pistas da Vialattea.

 

  Castello del Valentino e Castello di Rivoli. Fotos: Fulvio Spada, Luca Galli e Stephane
Basilica di Superga. Foto: M. Maselli
EMBED BLOCK
Add an embed URL or code. Learn more
Duomo di Torino. Foto: Fabrizio
 Galleria Reggia di Venaria. Fotos: Andrea Pass e Gabriela

 

Mole Antonelliana, vista de Villa Della Regina. Fotos: Andry Rogers, Turinboy e Leonardo Pires

Museu Egípcio. Fotos: André Meyer-Vitali, Andrea Volpato e Fred Romero

Palazzo Carignano. Fotos: Fulvio Spada e Jean-Pierre Dalbéra

Palazzo di caccia di Stupinigi. Fotos: Frederico Feroldi e Roberto Rolla

Palazzo Madama. Foto: Fred Romero

 

Via Roma. Foto: Alessio Maffeis

Villa della Regina e seu jardim. Fotos: Marit & Toomas Hinnosaar

Redes de Sociais

Categorias

Deixe um comentário

VEJA TAMBÉM!

ROMA: 4 DIAS NA CIDADE MAIS SINGULAR DA EUROPA – 2º DIA

No segundo dia, o que fizemos, e sugiro a todos, é visitar o Centro Histórico em um passeio a pé pelas “piazzas”, que são encantadoras românticas, com ruelas estreitas e cafés na calçada. É uma região bastante turística mas, que também é naturalmente frequentado pelos moradores. Arte e arquitetura surgem ao redor de Roma o tempo todo. Em uma caminhada, mesmo sem tentar, você vai encontrar-se com obras primas dos grandes artistas.

Leia mais »