A MIAMI QUE NUNCA VIMOS

Eu sou daquelas pessoas que viaja com frequência a Miami. Nas primeiras vezes, o objetivo era fazer compras, até que descobri os esforços dos cidadãos em mostrar o outro lado da “Cidade Mágica”: a cultura. A oferta de museus, galerias de arte, dança e arquitetura é inimaginável.  Eu mesma me surpreendi.

Em 2002, a Art Basel, principal feira de arte contemporânea do mundo, se instalou em Miami, a partir de então começamos a ver algumas mudanças no destino. Com a ajuda dos moradores e turistas, hoje é possível respirar um ar mais cultural na cidade. 

Resolvi trazer os principais pontos turísticos que eu adorei conhecer e nunca perco a oportunidade de indicar – vale mesmo a pena!

Começando pelos museus: The Museum of Contemporary Art (MoCA) é um verdadeiro espaço para toda e qualquer expressão artística. Fica bem no coração de Miami, foi fundado em 1987 e reformado em 1996, trazendo uma arquitetura de tirar o fôlego. 

Atualmente são mais de 600 obras somadas, entre esculturas, desenhos e quadros. Também há dias em que visitantes sortudos tem oportunidade de assistir um show ao vivo!

Foto: Becky Randel

 

Outra dica de museu da mesma época e conceito é o Miami Art Museum’s (MAM). Sua nova sede passou a se chamar The Pérez Art Museum Miami (PAMM), a mudança teve como intuito homenagear o investidor de bens imobiliários Jorge M. Pérez, de origem Cubana. O empresário doou em dinheiro e obras de arte um valor estimado de US$ 35 milhões de dólares. 

Por mês, 6 mil pessoas têm a oportunidade de passar algumas horas admirando as obras que, em sua maior parte, são de artistas do século XX e XXI. 

O Patricia and Phillip Frost Art Museum ou simplesmente Frost Art Museum, fica dentro da Universidade Internacional da Flórida. Construído com doações do casal americano Patricia e Philip Frost, que custeou em torno de 10% do orçamento estimado para a obra, o local tem um dos acervos mais impressionantes de arte contemporânea e latino-americanas. 

São fotos, esculturas e pinturas que estão distribuídas em três principais coleções: The General Collection, com fotografias americanas entre os anos 60 e 80, objetos de 200 a 500 depois de Cristo (conhecida como era pré-colombiana) e muitas obras de artistas Caribenhos e da América Latina em geral. 

A outra coleção é a Metropolitan Museum and Art Center Collection que tem mais de duas mil obras dos principais artistas norte-americanos do século XX além da coleção de artefatos asiáticos milenares. 

Por último, Betty Laird Perry Emerging Artist Collection que liga o Frost Museum à Universidade Internacional da Flórida, com obras dos principais alunos e artistas que passaram ali desde 1980.

Foto: Hannah Chubb

 

Muitos podem confundir o Frost Art Museum com o Frost Museum of Cience: este segundo reserva as mais incríveis exposições de vida marinha com três andares de aquários, animais e corais que podem ser tocados. Além disso, contém exposições interativas que tratam da humanidade desde a pré-história com os dinossauros até a chegada à lua, com direito a espaço do planetário, estação meteorológica e painéis solares. É um lugar incrível para toda a família.

Para finalizar esta parte de museus, trago o Lowe Art Museum, com artefatos da época Barroca e do Renascimento, objetos do Egito Antigo, Roma, África, Ásia e muitas outras civilizações, sempre dedicado ao recorte histórico da humanidade, abrangendo mais de 17.500 obras de arte.

Existem áreas em Miami (assim como em muitas partes do mundo) dedicadas ao street art, ou seja, grafites imensos e super coloridos que tomam conta de concretos antes cinzas e sem vida . Na região de Brickell, por exemplo, temos o Four Season Hotel Miami de 70 andares totalmente grafitados. 

Mas o verdadeiro museu de arte ao ar livre está no Wynwood Walls, seis edifícios das ruas 25 e 26 que somam mais de sete mil metros de paredes pintadas por mais de cinquenta artistas de pelo menos 16 países. 

Ufa! E é realmente de tirar o fôlego. Mas foi o Design District of Miami que levou a sério esse negócio de arte. A área possui prédios modernos que são verdadeiros shows de arquitetura, locais dedicados ao lazer, à moda, à música e à gastronomia. 

É muito agradável andar por lá, o espaço inclui lojas de decoração, galerias de arte e bares que agitam o local a noite. Além de, restaurantes que deixam o almoço mais agradável durante o dia.

Escolhi o Miami Design Preservation League para me levar em um tour arquitetônico em Miami. 

O passeio a pé, conta com opções com duração média de 30 minutos a 2 horas e 30 minutos, e oferece uma introdução aos estilos Art Deco, Mediterranean Revival e Miami Modern (MiMo). Estilos esses que são encontrados no Art Deco Historic District, considerado Patrimônio Nacional de Lugares Históricos, especialmente a área de Hotéis Históricos; que é o maior conjunto de Art Deco do mundo! 

Durante o passeio são explorados hotéis, restaurantes e outras estruturas comerciais. Com certeza é um passeio que eu indico! É importante lembrar que os Tours são feitos faça chuva ou faça sol, no site oficial é recomendado que o visitante se vista de acordo com o clima. Tours perdidos por questões climáticas não são reembolsáveis.

Faça frio ou faça sol as praias de Miami sempre pedem uma visita. Depois de um longo dia conhecendo os principais museus e pontos culturais da cidade, nada melhor do que assistir ao por do sol com essa vista. Foto: Patricia Servilha

Depois de tudo isso você ainda tem dúvidas de que Miami é um mundo mais do que completo?!

 

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