COMO EU CONHECI UM LUGAR MARAVILHOSO PARA A PRÁTICA DE ESQUI

Quase aos 50 anos, eu me vi em um novo casamento com um esquiador. Senti que era hora de emergir do meu mundo calmo no fundo do mar e me jogar no mundo dele. E o medo? Os “ lifts ” já me apavoraram no primeiro dia!

Comecei vestindo aquelas três camadas de roupas e uma bota dura, de cinco quilos. Além, é claro, do capacete e par de luvas – uma verdadeira sessão de tortura. Capacete não, porque há 5 anos não era comum usar capacete. Fiquei pronta para dar início às inúmeras tentativas frustradas de tentar ficar em pé. Não sem antes ter que carregar o par de SKI,  que é incômodo e pesadíssimo. Toda essa experiência foi (e ainda é muitas vezes) a personificação perfeita daquela frase “quem sete vezes cai, levanta oito”. Hoje já não caio, pelo menos não tanto quanto no início.

Foram cinco temporadas sofrendo em estações de SKI nos mais variados lugares do mundo (posteriormente vou contar cada uma dessas experiências) até que eu encontrasse um lugar quase perfeito: Club Med de Valmorel, na região de Les Avanchers, na França. E finalmente deixei de passar o tempo contando as horas para sair das pistas!

O local é lindo e sob o ponto de vista do conforto para o esquiador, faz jus a tudo que promete. SKI inn, ski out, atendimento impecável, serviços incríveis e gastronomia de outro mundo. Ou, o que é melhor, daquele mundo!

E como ali o objetivo é esquiar, lembro que Valmorel tem no local a renomada Escola Francesa de Ski, com professores realmente experientes e muito pacientes. Não é como em outros lugares, em que os professores acreditam que você já tenha nascido com essas botas acopladas aos pés e com os esquis nas mochilas da escola.

O pacote que fechei incluía duas aulas por dia – uma entre 9h e 12h, logo depois do café da manhã e a outra no período da tarde. Os instrutores separam grupos de pessoas dependendo do nível de domínio sobre o SKI e esse é um dos pontos mais incríveis que devo ressaltar ao falar de Valmorel. Não existe intimidação no grupo, um ajuda o outro – tal qual no mergulho. Caíamos, levantávamos e aprendíamos juntos.

No momento em que eu consegui fazer a minha primeira descida da montanha, em uma pista azul, tranquila e sem cair, experimentei uma sensação maravilhosa de liberdade. E me encontrei!

Tenho até um filme de 18 minutos descendo, feito com a GoProHero, e um dia vou arriscar editá-lo e postar aqui!

Entre as aulas, uma taça de vinho e a degustação de queijos. Esse ritual vai fazendo o dia passar muito rápido, e o vinho La Passion D’Orane (2016), Coteaux Varois en Provence com queijo Beaufort, feito com o leite da produção local, ficaram gravados na memória!

Quem quer esquiar precisa ter resistência física e boa musculatura nas pernas e abdômen – o SKI é muito cansativo. A tíbia, ou popularmente chamada canela, tem que virar pedra! Nas primeiras viagens não me livrava de pelo menos dois anti-inflamatórios por dia. E é só com a prática que descobrimos aqueles músculos que não forçamos no dia-a-dia, mas muito exigidos no SKI e por isso – a adaptação é demorada e o sofrimento quase permanente.

 

Resultados… Em Valmorel, a intensidade dos treinos fez com que eu me sentisse rapidamente adaptada e confortável, os anti-inflamatórios voltaram intocados. A compensação por um dia de desafios chegava pelo final da tarde. O aprés SKI (expressão francesa que define as atividades dos esquiadores entre o período entre a volta das pistas e a hora do jantar) e os rituais relaxantes, com sauna, massagens, tratamentos corporais e banhos são capazes de repor todas as energias.

Inesquecível.

Eu diria que existem muitas coisas que devem ser levadas em consideração na hora de escolher um lugar para praticar SKI: localização, serviços oferecidos, gastronomia, etc. Mas o principal, para mim, é aquele que possui SKI inn – isso significa que, ao sair do hotel, você já está próximo ou chegará sem muito esforço ao alto da montanha, por meio dos SKI lifts. Isso é muito importante devido ao peso que os equipamentos de SKI apresentam e a dificuldade de se locomover com as botas.

Quando o seu hotel fica longe da montanha, fuja! A não ser que tenha 20 anos.

Mas não foi o caso de Valmorel. Uma observação: é um resort do tipo “família” e durante nossa estadia quase 30% dos hóspedes eram crianças. Difícil encontrar um lugar tranquilo para ler um livro ou ouvir música. Bons vinhos, boa gastronomia e muita montanha são o foco do lugar!

Hospedar-se em lugares como todos os que fazem a diferença, tanto para os iniciantes como os mais experientes, que já podem começar a me infiltrar.

Eu quero muito mais!

 

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