Conhecida por seu mar transparente, um turquesa de tirar o fôlego, as Ilhas das Bahamas vão além de apenas uma parada de navio, para alguns, ou um refúgio paradisíaco, para outros.
Porto de Nassau, foto aérea de Daniel Pairaino
É feita de muitos refúgios, para a fauna marinha, a flora e para um tipo específico de pessoas, que não são nem fauna e nem flora, mas que ali até poderiam ser: os mergulhadores.
Para os amantes de mergulho, o destino torna-se muito atrativo. Com mais de 700 diferentes ilhas, as Bahamas oferecem diversas opções de mergulho, que vão desde os convencionais até desbravar as profundezas e alimentar tubarões.
É possível mergulhar em diferentes locais como naufrágios, paredões e recifes, encontrando variações de fundo, pois cada mergulho possuí características muito diferenciadas. E para os corajosos, alimentar os tubarões se torna uma aventura inesquecível. O local, denominado de “Shark Arena”, é onde a coisa toda acontece.
Lembra do seu primeiro check out, naquele curso básico ? Dá pra ficar bem tenso!
Acostumados com a visita diária e já cientes de que vão receber comida, os tubarões vão aparecendo ao perceber a aproximação da embarcação. Todos equipados e caindo na água, é hora da aventura começar! O local possui um círculo de areia aos 12m de profundidade e, aos poucos, os mergulhadores vão se posicionando, ficando ajoelhados, de braços cruzados e fazendo um círculo.
Logo após, desce o alimentador, que é um mergulhador experiente, treinado e equipado com uma roupa de segurança com minúsculas argolas fabricadas em inox, com um compartimento em que a alimentação dos tubarões é levada.
Em poucos segundos o lugar está tomado por tubarões, e começam a rodear o alimentador, que com uma vara de inox, vai espetando o alimento e entregado aos animais. Após 5 ou 10 minutos chega-se à conclusão de que eles não dão à mínima aos mergulhadores – só estão ali para receberem o seu prêmio e depois cair fora. Este é um dos mergulhos mais conhecidos das Bahamas, demonstrando uma atividade prazerosa e até dá a sensação de uma aventura. E ao mesmo tempo os mergulhadores são muito assustadores, com tanta roupa de neoprene, máscaras, tanques, coletes, bolhas e mais bolhas!
Eu tenho a opinião de que quanto mais atividades forem promovidas para que se conheça os tubarões e respeite-os, mais serão preservados. Não são animais agressivos, quando estão em seu habitat e tem alimentos em abundância. Seu desaparecimento causa grande desequilíbrio no ecossistema marinho e sem alimentos, daí sim eles podem atacar. Por isso, pesquisar bem sobre o mergulho é fundamental.
Já os golfinhos são sempre os queridinhos e recebem bastante atenção também. Eu, pessoalmente sou contra o contato físico com qualquer animal. Mas para observar é demais!
Outra atividade encantadora, e menos ousada, é nadar com os golfinhos.
A impressão é de que eles curtem mais do que nós. Será? As Bahamas possuem a maior população de golfinhos silvestres do Hemisfério Ocidental.
As Ilhas das Bahamas são facilmente acessadas através do Centro de Conexões das Américas no Panamá ou como uma extensão muito fácil de uma viagem a Miami, Fort Lauderdale ou Orlando, bem como uma conexão através dos principais Centros de Conexões nos Estados Unidos, como Nova Iorque, Dallas, Atlanta, Houston, Chicago, Boston, e Los Angeles.
O arquipélago das Bahamas, com mais de 700 ilhas e 2.000 ilhotas, possuem experiências ilimitadas para todo tipo de visitante, entre algumas estão Nassau e Paradise Island que oferecem aos viajantes excelentes resorts, lojas e uma vida noturna muito divertida. É uma pena que a maioria das pessoas só conheçam essas, que são as mais populosa. Para natureza, mergulho e aquela cena de praias espetaculares de areia muito branca e fina e outras aventuras aquáticas você tem que sair do lugar comum e ir para Andros Island, Great Inagua Island ou para as Grand Bahamas e as Out Islands oferecem o charme ilheense, ecoturismo e pesca, mergulho e navegação de classe mundial; Já a famosa Bimini pode ser acessada por trem desde Miami, e combina o melhor de ambas experiências.
Mas, as Bahamas, como todo destino turístico, também merecem cuidados com algumas atitudes, nossas e deles.
Uma coisa importante é sempre negociar a tarifa do táxi antes de entrar. Eles não tem taxímetros e se você não combinar antes, podem cobrar o que quiserem. Não dá para discutir depois, melhor acertar antes.
Mais uma coisa importante: eles dirigem na mão esquerda, como os ingleses. Então, muita atenção se alugar um carro e resolver dar umas voltas por lá! Por outro lado alugar um carro e percorrer as ilhas pode ser uma forma de descobrir aqueles lugares não turísticos, que não estão em nenhum guia.
Viajar entre junho e novembro é sempre um pouco arriscado. Em toda a região é época de furacões e o clima pode mudar repentinamente. Especialmente para mergulhar, o mar costuma ficar mais agitado e com pouca visibilidade.
Duas ilhas lindas para mergulhadores
Recomendo Andros, a maior ilha das Bahamas, mas a menos explorada que tem uma magnífica barreira de corais e depressões azuis profundas, a aventura é interminável.
A primeira “descoberta” registrada de Andros ocorreu em 1550, enquanto os espanhóis estavam em busca de trabalho escravo. Nos anos de 1800, os índios Seminole migraram da Flórida para Red Bay, onde uma tribo ainda vive hoje, e são especialmente elogiados por suas belas esculturas em madeira e cestas trançadas.
Mostro aqui três opções de hospedagem:
O Tiamo Resort – Localizado ao sul da Ilha de Andros e rodeado por uma abundância de maravilhas naturais, o Tiamo um luxuoso resort ecológico. A propriedade isolada possui 11 vilas exclusivas e ecológicas, uma piscina infinita natural em cascata e uma gastronomia que traz à vida a culinária de inspiração caribenha do Chef Keith.
No Small Hope Bay Lodge as cabanas ficam à beira da Barreira de Corais Andros. Tem uma gastronomia internacional com produtos frescos e oferece muitos passeios ecológicos e expedições de mergulho.
O Kamalame Cay – Ilha Privada e Residências tem somente 27 quartos e suítes luxuosos à beira-mar com chalés cobertos de buganvílias. Tem um bar super charmoso, chama-se TIKI e fica bem na beira do mar.
Há lugares muito interessantes para ver como o Andros Barrier Reef , a terceira maior barreira de recifes do mundo, e cai nas profundezas da Tounge of The Ocean, que separa Andros e New Providence; o Henry Morgan’s Cave, perfeito para quem é fã de piratas, é uma caverna conhecida por conter o tesouro escondido do Pirata Henry Morgan e é um ótimo local para fazer caminhadas e piqueniques. Visite a Androsia Hand Made Batik Factory, fábrica mundialmente famosa que produz tecidos batik com desenhos inspirados na cultura das Ilhas das Bahamas.
Praia em Bimini – imagem cortesia do Ministério do Turismo das Bahamas
Outra ilha linda é Bimini, um refúgio tranquilo e pitoresco, localizado a apenas 80 km da costa da Flórida. Você pode começar seu passeio pela ilha saboreando o famoso “Pão Bimini”, um produto local indispensável.
Diz a lenda que Ponce de Leon desembarcou em Bimini em busca da Fonte da Juventude, mas durante a Lei Seca nos Estados Unidos a ilha se tornou uma fonte de bebidas alcoólicas. Bimini prosperou durante a Lei Seca graças à sua utilidade como base de operações para os produtores de rum. A ilha também atraiu nomes corajosos como Ernest Hemingway e o reverendo Dr. Martin Luther King Jr. Há vários tipos de hospedagem como o Hilton Resorts World Bimini e Bimini Big Game Club Resort & Marina Resort Boutique.
Um importante ponto de interesse é a Bimini Road / A Cidade Perdida de Atlantis. Acredita-se que seja o caminho para a Cidade Perdida de Atlantis, este local de mergulho é uma das atrações turísticas mais populares em Bimini.
Visite as Bahamas, passe rápido por Nassau e não deixe de experimentar a switcha, uma bebida típica que mistura um tipo de limão, que é nativo das ilhas, açúcar e água! Lembra uma caipirinha sem água.
Nassau, foto de Raffles Terrace