CINCO DIAS NA FLÓRIDA CENTRAL – NO QUINTO DIA VISITAMOS UM JARDIM DE FOGUETES

Este post faz parte de uma série de cinco dias na Flórida, vividas e relatadas aqui por nosso colaboradora Victória Bernardes. Para ver o post anterior, clique aqui !

Estava próxima da costa espacial americana, em Cabo Canaveral, a parte costeira oriental do estado da Flórida conhecida assim devido à localização do Centro Espacial Kennedy (Kennedy Space Center) e uma Base da Força Aérea (Cape Canaveral Air Force Station). 

A maioria das naves espaciais dos Estados Unidos rumo ao espaço são lançadas dessa região. 

Nada mais justo, então, do que conhecer a história do infinito e além! Peguei a estrada Courtenay Pkwy rumo ao Kennedy Space Center Visitor Complex (KSCVC), complexo de visitantes da NASA para aprender e entender um pouco melhor toda a história.

Ao contrário do que pensam, o KSCVC não é um simples parque de diversões e fantasias espaciais. É um museu interativo, com simuladores, apresentações tecnológicas e experiências incríveis que tende a aproximar os cidadãos simples do desenvolvimento da NASA. Enquanto alimenta a imaginação de crianças que podem querer se tornar astronautas, mantém aceso o entusiasmo de veteranos apaixonados pelo universo. 

Existem diversos tipos de ingressos para atender aos desejos dos visitantes. Além de uma visita de conhecimento, é possível almoçar e conversar com um astronauta de verdade, experienciar simuladores muito reais e fazer um tour guiado para que nenhum pedacinho do complexo fique faltando. Por via das dúvidas, escolhi o mais completo de todos!

Após passar a catraca do complexo, o que mais me chamou a atenção é o Jardim de Foguetes. Ali estão construções reais e réplicas que marcaram gerações.

Ilustração e mapa do Jardim de Foguetes, preparados e cedidos pelo Kennedy Space Center Visitor Complex.

 JUNO I foi o responsável por lançar o primeiro satélite norte-americano à órbita da terra, o Explorer I, em 31 de janeiro de 1958. Nove meses depois, foi criada oficialmente a Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica , a NASA. JUNO II foi enviado para a Lua em 1959, trazendo fotos atualizadas do satélite natural da terra e estudos sobre objetos espaciais e radiações, cruciais para o desenvolvimento de outras 33 missões lunares. O DELTA, em 1960, lançou o Echo, balão Mylar e permitiu que o primeiro sinal de televisão ao vivo cruzasse o oceano, provocando avanços na comunicação global! O MERCURY-REDSTONE, por sua vez, foi o foguete que levou, apenas em 1961, o chimpanzé Ham e os norte-americanos Alan Shepard e Virgil “Gus” Grissom ao espaço. A réplica do MERCURY-ATLAS, traz a lembrança do lançamento de John Glenn à órbita da Terra em 1962 e o ATLAS-AGENA serviu oito missões do programa Ranger e capturou mais de 11 mil imagens detalhadas da Lua, incluindo close-ups de onde a Apollo 11 acabaria pousando na superfície lunar em 1969. GEMINI-TITAN II era um míssil balístico intercontinental projetado para transportar armas nucleares através do oceano, mas apenas lançou as missões da Gemini em 1965 e 1966. SATURN 1B é o único foguete intacto na história! Lançou o Apollo 7, testou o hardware inicial para as missões Apollo, antes que o foguete Saturno V estivesse disponível e após 1973, lançou três missões à estação espacial Skylab. 

Jardim de Foguetes. Foto: Farewizard.com

 

A novidade está com o DELTA II, previsto para ser inaugurado ainda em 2019, o foguete já detém mais de 150 lançamentos em sua história, tal como os rovers da NASA Spirit e Opportunity, a sonda Phoenix Mars e muitas missões de GPS para a Força Aérea dos Estados Unidos.

Aproveitando a região, decidi entrar na exposição Heroes and Legends featuring the US Astronaut Hall of Fame ® presented by Boeing® que estava ao lado. Através de hologramas, vídeos, atributos 3D e outras tecnologias, o museu enaltece personalidades importantes e missões perigosas a fim de despertar nos visitantes a paixão pela história.

Fotos: Kennedy Space center Visitor Complex

Fotos: Kennedy Space Center Visitor Complex

 

 

O que estava me norteando sobre os pontos a serem visitados era o mapa do complexo, como vocês podem ver ao lado. Segui para o prédio do ônibus espacial Space Shuttle Atlantis, o primeiro ônibus espacial projetado pela NASA. A entrada é suntuosa e entusiasmante! O caminho que até a atração é de repleto de frases inspiradoras nas paredes, ditas por reais.astronautas

 

Fotos: Victória Bernardes

A primeira parada é o vídeo explicativo de tudo que encontramos ali. Nada pode ser filmado, são documentos oficiais do complexo, mas consegui achar o seguinte vídeo para vocês entenderem melhor do que se trata:

O vídeo começa com engenheiros e astronautas reunidos para iniciarem um projeto novo.

“Vamos criar a próxima espaçonave americana. Será lançada como um foguete e pousar como um avião”.

Esta é a fala de um dos personagens do vídeo que, desenrola outras diversas reuniões de planejamento e execução da Space Shuttle Atlantis. É aquele estilo americano de entusiasmar o público, sabem?!

Depois das apresentações, um grande toldo se abre e ali está, o lendário! 

Clique nas fotos abaixo para ver as próximas.

Fotos: Victória Bernardes

 

O ônibus espacial Atlantis recebeu este nome em homenagem ao primeiro navio de pesquisa oceanográfica dos Estados Unidos. O que faz o Atlantis ser memorável e merecer um museu só seu em pleno Kennedy Space Center Visitor Complex foi a necessidade de criar uma nave espacial reciclável, ou seja, que não se perdesse nos lançamentos, como ocorrem com muitos foguetes. O tempo que levou para ele ser concluído em relação ao Columbia (explico sobre ele mais para frente) foi bem menor e seu peso, que é de menos de três toneladas.

Isso porque o material desse ônibus é de sílica e não metal, como as espaçonaves normais. O primeiro voo do Atlantis foi em 3 de outubro de 1985, na missão STS-51-J. Lançou várias sondas e participou na construção da ISS. Depois de 33 missões e 26 anos de trabalhos, foi considerado o primeiro ônibus espacial a se aposentar, no encerramento da missão STS-132, realizada em 8 de julho de 2011. A partir desta data, o grupo de ônibus espaciais foi substituído pelos novos veículos de exploração da NASA: Orion e Ares.

Fique ao lado com um dos lançamentos do Atlantis!

Na área em que o Atlantis é exibido, há uma série de experiências interativas e cheias de tecnologia como fonte de aprendizado. Confira!

Da esquerda para a direita, de baixo para cima: Materiais explicativos da Space Shuttle Atlantis, Simulação da Estação Espacial Internacional, Simuladores e miniatura do ônibus espacial. Fotos: Victória Bernardes. 

Tive a oportunidade de entrar no simulador de lançamento de foguete, o Shuttle Launch Experience. Aqui, somos posicionados em pontos no chão, enquanto passam explicações (também em inglês) em um telão. Depois, entramos na nave espacial e começa a simulação de oito minutos e meio! Melhor do que falar é mostrar, né?! Confira no vídeo abaixo!

Ao sair da experiência, somos presenteados por um céu estrelado.

Também localizado dentro da área do Space Shuttle Atlantis está um memorial dos astronautas que perderam suas vidas em nome do programa espacial. Aqui, estava exposto o que sobrou dos ônibus espaciais Challenger e Columbia.

Fotos: Victória Bernardes

Challenger. Foto: Wikipedia.

O Challenger foi o segundo ônibus espacial construído pela NASA, depois do Enterprise e antes do Columbia. Finalizado em julho de 1982, foi ao espaço apenas 10 vezes ao longo de 3 anos de operação, se tornando o ônibus com menos missões realizadas. Foi o primeiro acidente no programa com ônibus espaciais. No dia 28 de janeiro de 1986, 73 segundos após o seu lançamento, iniciando a missão STS-51-L, a espaçonave explodiu em pleno ar, matando os 7 astronautas tripulantes do ônibus espacial: o físico Ronald McNair, o piloto Michael Smith, os engenheiros Gregory Jarvis, Ellison Onizuka e Judith Resnik, o comandante da missão Francis Scobee e a professora Christa McAuliffe.

 

 

 

O que sobrou da Challenger. Foto: Victória Bernardes
Columbia na base de lançamento. Foto: Wikipedia

 No dia 1 de Fevereiro de 2003, os sete astronautas a bordo do Space Shuttle Columbia iniciam os preparativos para regressarem a casa após sucesso da missão no Centro Espacial Lyndon Johnson, localizado em Houston, no Texas, que se encontravam alinhados para o início da reentrada à orbita.

Tudo parecia bem quando o Columbia estava, então, sobre o oceano Pacífico a sudoeste da baía de São Francisco. O ônibus espacial viajava a 21 200 km/h a uma altitude de 63,1 quilômetros sobre a parte norte do estado do Texas. Faltavam 2 250 km, equivalentes a 16 minutos, para tocarem o solo.

Quando o relógio bateu 11 minutos e 21 segundos para a aterrissagem do Columbia, uma série de estrondos é ouvida, similares a trovões. Uma chuva de destroços em chamas começa a cair dos céus e se espalham ao longo de uma faixa com 1 200 km, cobrindo o estado e parte da Louisiana. O Columbia havia se desintegrado e a missão STS-107 tinha terminado. As chamadas via rádio do Centro de Controle foram respondidas apenas com estática, até que oficialmente declarada uma situação de emergência no space shuttle OV-102 Columbia.

 

Tripulação do Columbia. Foto: Wikipedia.

 Estavam a bordo os astronautas David Brown, Rick Husband, Laurel Clark, Kalpana Chawla, Michael Anderson, William C. McCool e Ilan Ramon.

A causa física da perda do Columbia e da sua tripulação foi uma brecha no sistema de proteção térmica da asa esquerda, causado por um pedaço de espuma isolante que se separou do tanque de combustível externo, 81,7 segundos após o lançamento. Depois do acidente, todo o programa espacial norte-americano foi suspenso, mesmo com projetos em andamento, como a construção da Estação Espacial Internacional, cuja finalização estava totalmente dependente dos ônibus espaciais. Apenas em 2005 foi retomado, com o lançamento da nave OV-103 Discovery.

 

Destroços do Columbia. Foto: Victória Bernardes

Foram recolhidos 83 mil pedaços do Columbia, correspondentes a 37% da massa total da nave. Entre os destroços, encontravam-se também parte dos restos mortais dos astronautas.

 

Aqui também estão expostos os pertences dos astronautas.

 

 

Almoço com Wendy Lawrence. Foto: Get Your Guide.

Toda a aventura estava me deixando com fome e eu tinha um horário marcado com uma astronauta de verdade! No Kennedy Space Center Visitor Complex, por preços adicionais ao da admissão diária, é possível aprender mesmo durante uma refeição!

 O refeitório fica atrás do prédio Heroes and Legends, então voltei para a entrada do complexo. Estava preparado um buffet e muitas mesas e cadeiras espalhadas pelo local. Me acomodei e esperei a chegada da minha veterana!

Há uma agenda de quais serão os astronautas a falarem com os ali presentes. Na sexta-feira eu conheci a Wendy Lawrence, capitã da Marinha dos Estados Unidos, piloto de helicóptero, engenheira e ex-astronauta da NASA.

Wendy se formou na Academia Naval dos Estados Unidos em 1981, como engenheira oceânica e fez mestrado no MIT em 1988. Em 1982, graduou-se aviadora naval e pilotou helicópteros em missões no Oceano Índico, acumulando mais de 1500 horas em seis tipos diferentes destas aeronaves.

Foi selecionada para a NASA em 1992, sendo admitida no curso de treinamento de astronautas no Centro Espacial Johnson, em Houston, onde foi qualificada como especialista de missão após um ano de treinamento e avaliação. Trabalhando primeiramente em funções técnicas no departamento de astronautas da agência, Wendy foi ao espaço em março de 1995, na missão STS-67 Endeavour, que realizou observações astronômicas a partir do Spacelab.

Depois de seu primeiro voo, foi mandada para a Rússia, onde serviu como diretora de operações da NASA no Centro de Treinamento de Cosmonautas Yuri Gagarin, na Cidade das Estrelas, com a responsabilidade da coordenação e implementação das operações da missão conjunta Mir-NASA, levada a cabo pelos dois países. Ela voou nas missões STS-86 Atlantis, em setembro de 1997, e STS-91 Discovery em junho de 1996, ambas missões do ônibus espacial à estação Mir.

Wendy Lawrence. Foto: Victória Bernardes

Seu último voo espacial foi em julho de 2005, na missão STS-114 Discovery, o primeiro voo do programa do ônibus espacial após a tragédia da Columbia em 2003. Nesta missão, em que a tripulação testou novos procedimentos de segurança para a nave, ela ficou encarregada da transferência de equipamentos e suprimentos para a Estação Espacial Internacional e pela operação do braço robótico da estação em construção.

 

 

O Bus Tour estava prestes a começar, então eu me apressei para pegá-lo! Trata-se de um passeio guiado aos principais pontos da história da exploração espacial: plataformas e complexos de lançamento, bem como os centros de controle da SpaceX (explico melhor a seguir), Prédio de Construção de Foguetes (Vehicle Assembly Buinding) e Complexo de Lançamento 39.

O passeio dura cerca de 40 minutos. Veja algumas fotos do que é possível conhecer!

  

O ônibus estaciona em frente ao centro Apollo/Saturn V, onde está exposto o maior foguete já pilotado: o Saturn V. Ele foi responsável pela Programa Apollo, de 1961 a 1962, cujo objetivo era levar o homem à lua. E o fez, em 20 de julho de 1969, com a Apollo 11.

Foguete Saturn V. Foto: Victória Bernardes

 

Para nos introduzir ao Programa Apollo, somos guiados até a Firing Room que, em tradução direta, é algo como sala de “fogo”, onde vivenciamos a contagem regressiva e parece que estamos realmente em baixo do Saturn V durante o lançamento! Assista no vídeo que fiz, ao lado.

O Saturn V tem 91 metros de comprimento e está dividido em três etapas.

Tripulação da Apollo 1: Virgil “Gus” Ivan Grissom, Edward Higgins White II e Roger Bruce Chaffee. Foto: Wikipedia.

A Apollo 1 teve um fim trágico, ainda em solo norte-americano. Houve um incêndio, antes mesmo do lançamento, dentro da cabine de comando e levou a vida dos astronautas Virgil “Gus” Ivan Grissom, Edward Higgins White II e Roger Bruce Chaffee. Neste lançamento, o foguete utilizado foi o Saturn IB.

Após os erros cometidos na primeira missão do programa, nenhuma outra recebeu o nome de Apollo 2 e Apollo 3, pulando diretamente para o Apollo 4 com a nave e o foguete reprojetados. Foi em 9 de novembro o primeiro voo de teste orbital não tripulado do Saturn V.

A Apollo 8, que é a nave exposta no centro, foi a segunda missão tripulada do Projeto. Embora os astronautas Frank Borman, James Lovell e William Anders não tenham pousado no solo lunar, na noite de Natal de 1968, eles foram os primeiros homens a chegar próximos da Lua, enviando inéditas fotos do solo. Eles também foram os primeiros humanos a abandonar a órbita terrestre. Esta missão também foi a primeira a gerar uma transmissão televisiva ao vivo do espaço; enquanto orbitavam a Lua, os três ocupantes da nave se revezaram na leitura dos dez primeiros versículos do livro do Gênesis, enquanto a câmera transmitia a imagem da Terra, em preto e branco. Foi o programa de televisão mais assistido da história!

A próxima missão do Programa foi a Apollo 9 (também tripulada).

Antes que os homens pudessem caminhar na lua, a Apollo 10 foi fundamental, pois deu segurança aos astronautas, cientistas, técnicos e aos diretores da NASA sobre o equipamento desenvolvido e utilizado, permitindo uma maior tranquilidade quanto ao sucesso do objetivo final, a exploração da Lua. 

Aqui foi estado o Módulo Lunar em órbita do satélite, chegando a sobrevoar a superfície a 15 km de altura, numa preparação para o voo da missão seguinte a Apollo 11.

Foto: Tom Stafford, John Younge Eugene Cernan, tripulação ao lado da Apollo 10.

O comandante Neil Armstrong e o piloto Buzz Aldrin foram os primeiros homens a pousar na lua, a bordo da nave Apollo 11, em 16 de julho de 1969. Trouxeram 21,5kg de material lunar.

Além destes incríveis monumentos, no centro Apollo/Saturn V é possível conhecer:

  • Astrovan, veículo responsável por levar os astronautas dos quarteis de equipe até as plataformas de lançamento;
  • Launch Umbilical Tower, ou Torre de Lançamento Umbilical que levava os astronautas até o topo do foguete, onde ficava a nave Apollo;
  • Moon Rover, como é chamado o veículo lunar em que possibilitava os astronautas de locomoverem pela lua, foi utilizado na missão Apollo 15;
  • Moon Rock, uma verdadeira pedra lunar trazida pelo astronauta Jack Schmitt na missão Apollo 17;
  • Lunar Theater, apresenta imagens reais, recria eventos e compila depoimentos de veteranos e astronautas que participaram do lançamento e pouso do Apollo 11;
  • Treasure Gallery, assim como o próprio nome sugere, exibe um conjunto de artefatos raros e preciosos do programa, tal como Medalhas, protótipos e equipamentos de treinamento, desde o traje espacial coberto por poeira de lua de Alan Shepard até a cápsula da tripulação da Apollo 14.

O objetivo de explorar a alua foi abandonado em 1972, após o voo da última missão, a Apollo 17. Os motivos foram falta de verba e interesse, tanto do governo, quanto dos próprios cidadãos norte-americanos. Agora, a NASA está focada em colonizar Marte. Como mostro nas duas últimas experiências a seguir.

No caminho de volta ao complexo, podemos conhecer o prédio da SpaceX. É uma empresa do magnata Elon Musk (o mesmo CEO da Tesla Motors, montadora automobilística de carros elétricos e autônomos), criada em 2002 com o objetivo de reduzir os custos de transporte espacial e viabilizar a colonização de Marte. Hoje, os principais lançamentos do Kennedy Space Center são da empresa, em que os foguetes Falcon levam as naves Dragon em voos de serviço e suprimentos ou testes, que é o que aconteceu em 02/03/2019 – a primeira prova para voltar a levar astronautas do solo norte-americano (coisa que não acontece desde 2011).

Mas… porque Marte? De acordo com os pesquisadores, Marte é o planeta que mais se assemelha à Terra. Desde 1969, equipamentos e robôs têm sido enviados ao planeta vermelho para estudar sua atmosfera, seu solo e sua capacidade de tornar-se habitável. Estima-se que há 4,2 bilhões de anos, Marte possuía um campo magnético de proteção, tal como a atmosfera da Terra, que pode ser recriado com tecnologias de ponta, protegendo o planeta dos ventos solares e alterando sua temperatura a fim de derreter o dióxido de carbono e criaria água no estado líquido. Viabilizando, assim, as missões para pesquisas mais aguçadas e, enfim, a colonização do planeta.

Para entender melhor dos passos desse projeto, fui direto para a área Journey to Mars: Explorers Wanted. Trata-se de uma exposição para reacender a chama do interesse a paixão nos entusiastas do espaço para a exploração de Marte. Com muitos recursos tecnológicos, jogos e palestras sobre os projetos atuais da NASA. 

Fotos: Kennedy Space Center Visitor Complex

Mas para uma experiência mais efetiva, por US$ 175 a mais no ingresso diário, é possível participar do Astronaut Training Experience (ATX), ou Treinamento de Astronauta. A atividade tem o objetivo de treinar crianças acima de 10 anos, adolescentes e adultos a sobreviverem e realizarem missões em Marte.

Essa atividade não é recomendada para pessoas com problemas nas articulações.

Clique nas fotos abaixo para ver as próximas.

Fotos: Kennedy Space Center Visitor Complex.

 

São pelo menos cinco horas de atividades, incluindo uniformes reais de “astronautas novatos” que participam de simulações de lançamento e pouso de foguete e nave, locomoção no solo marciano, operações de base, experiências científicas reais e tarefas de engenharia. 

Uma das atividades é o Mars Base 1, que exige atividades reais como guiar robôs para limparem os painéis de luz, produção de alimentos bem como plantar, colher e analisá-los.

Mars Base 1 – laboratório de plantas e alimentos. Foto: Kennedy Space Center Visitor Complex

 

Assim foi meu último dia de muito aprendizado na Flórida Central que, mais uma vez, prova que há muito mais do que parques de diversão com ofertas de adrenalina e diversão. 

Há passado, presente e futuro. 

História, ciência, fauna e flora! 

E se eu voltaria? 

Milhares de vezes!

 

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